Hola, Banzers!
Em breve teremos a 5ª edição da Expo Cannabis Uruguay (www.expocannabis.uy), o maior encontro cannábico da América do Sul (07-09 Dez 2018) e obviamente a galera do Doctor Banz estará lá! Vamos saber como está o cenário pós-legalização no primeiro país do mundo a tomar essa decisão? O Uruguai legalizou o consumo medicinal e social da Cannabis em 2013 e ainda enfrenta algumas dificuldades no processo.
Mas não está com pressa alguma, pois quer fazer a coisa da maneira certa! O governo coordena a dispensação (com rédea curta, para transmitir à população e ao mundo a ideia do controle). Surpreendentemente, são 14 farmácias que podem praticar a venda de maneira legalizada.
Mas quais as regras para comprar cannabis no Uruguai?
– As farmácias funcionam como ponto de venda de cannabis cultivadas por duas empresas autorizadas, a Symbiosis e a Iccorp;
– Cada consumidor (cadastrado e registrado) pode adquirir até 40g mensalmente;
– Hoje no Uruguai estão registrados quase 25.000 pacientes/usuários;
40- Apenas residentes podem se cadastrar, não há venda legalizada para turistas.
Dificuldades da legalização
– O grande problema é que boa parte da economia uruguaia opera em US$ e essas operações financeiras são feitas por bancos americanos.
– De acordo com as leis daquele país, bancos são proibidos de oferecer contas a negócios que tenham vínculos com cultivo, importação, exportação, distribuição e/ou venda de substâncias controladas;
– Os grandes bancos americanos orientaram suas filiais uruguaias a encerrar qualquer conta com empresas deste perfil;
– Essa situação exige que as farmácias uruguaias operam única e exclusivamente em dinheiro vivo, o que acaba intimidando novos entrantes nesse negócio.
Novos rumos e perspectivas no Uruguai
– Se houvessem farmácias ou dispensários num número maior para atender a demanda reprimida, inegavelmente haveria falta de cannabis no país;
– Residentes podem se registrar como “homegrowers” (cultivadores), ou formar “grow clubs” (clubes de cultivo), onde recebem a permissão de cultivar 480g por integrante ao ano. Mas não podem vender para farmácias;
– Ao menos 55% dos usuários estão consumindo cannabis legalizada, entretanto, esse percentual vem crescendo gradativamente;
– O governo controla o preço da cannabis e estipulou à US$ 1,40 (aproximadamente R$ 5,50) por grama, um pouco abaixo do encontrado no mercado ilegal, justamente para enfraquecê-lo.
Em linhas gerais, o modelo uruguaio vem andando bem. Ajustes precisam ser feitos, mas não foi o fim do mundo como muitos proibicionistas prometiam!
Os especialistas concluem que os primeiros sinais da legalização no Uruguai são positivos. E eventualmente, o problema dos bancos tende a ser resolvido conforme a operação financeira das farmácias com bancos canadenses avançam. É a oportunidade do renascimento e principalmente, o fortalecimento da economia uruguaia!
Agora fica a pergunta: Até quando vamos observar os vizinhos evoluindo em suas políticas de drogas e nós presos ao preconceito, cultura retrógrada e hipocrisia inútil?