Dois países, dois amores e inúmeras combinações de aromas, gostos e texturas.
Foi com esse apetite que nasceu o projeto Chef Weed House criado por Gustavo Colombeck.
Já pensou em comer um brownie feito com manteiga ou óleo de coco canábico? E saber a quantidade de THC ou como realmente foi feito, será que também pensamos nisso? O conhecimento obtido pelo capixaba Colombeck sobre a gastronomia legalizada o levou a explorar os cuidados que se deve ter ao manusear as substâncias da erva com alimentos.
“Cada planta da Cannabis tem uma porcentagem de THC e CBD diferentes. Vejo muito na internet dizendo que pode colocar a quantidade que quiser, mas pra alguém que não está acostumado pode ser a mesma vibe psicodélica de um LSD”, explica o Chef.
E se engana quem imagina que uma alimentação com THC é somente por pura diversão. De fato, dentre várias formas de redução de danos sobre o consumo da Cannabis, temos o modo de ingestão por meio de alimentos. Ele auxilia pacientes a usufruir seus benefícios – principalmente não usuários da ganja. Para utilizar as substâncias psicoativas e o canabidiol em receitas também é necessário um estudo sobre a temperatura adequada.
“Tudo depende do processo de descarboxilação, da planta e do que você quer extrair”, conta Gustavo – que teve dificuldades no início da pesquisa, pois só encontrava informações em demais línguas.
O menu
Macarons, bruschetta, nhoque e até tempurá feito com a folha da Cannabis estão inclusos no portfólio do Chef Colombeck. Mas o título de prato preferido fica para as criações que se inspiram no próprio momento. Tudo que é novo o cativa, “Ao invés de utilizar terpenos, prefiro infusionar a espécie Grapefruit no leite e assim fazer um sorvete de uva com THC ao invés de só contar com o aroma dos terpenos”, conta Colombeck.
A busca por esses conhecimentos o fizeram passar por livros como “Honesta Voluptate Et Valetudine” escrito pelo italiano Bartolomeo Sacchi. E támbem o “La cocina de la Marijuana”, por Tom Flowers. Mas toda essa ideia começou a ser construída dois anos atrás. Quando um maconheiro formado em gastronomia se lançou em terras uruguaias vendendo alfajor canábico. E hoje o projeto atende a demanda de clientes do Chile, Argentina e Brasil. Realizando os jantares em seu próprio espaço no Uruguai, dias específicos em restaurantes ou no conforto da casa do contratante.
E não para por aí, há surpresas que serão divulgadas para o segundo semestre de 2019, já pensou em aprender um pouco sobre culinária canábica?