Salve Crazy Banzers!
Freiras da maconha perdem serviço bancário depois que trailer de documentário vai ao ar!
Como assim? Freiras da Maconha?!? Sim, você leu certo. Então vamos lá….
Conhece as Sisters of the Valley? Apesar da aparência religiosa, é uma empresa de cultivo e venda de produtos cannábicos na California, Estados Unidos.
Dirigida por sua fundadora, Sister Kate, 59 anos (que na verdade não é freira e se chama Catherine Meeusen), decidiu empreender no ramo cannábico. Usa seu conhecimento e ativismo, aliado a seu profundo comprometimento com a sustentabilidade e medicina fitoterápica. Apenas mulheres trabalham nessa empresa, onde as funcionárias vestem hábitos de freiras e saias ou vestidos longos como uniforme. Nenhuma delas é ordenada em nenhuma instituição e não fazem parte de nenhum grupo religioso.
Sister Kate decidiu virar uma “freira” quando o departamento de agricultura levou ao congresso americano, a petição para classificar pizza sauce (molho de pizza), como vegetal, após preocupação com a saúde das crianças. “Se o congresso pode declarar molho de pizza como vegetal, eu posso me declarar uma freira”, disse irmã Kate.
Agora vem a parte doida e legal da história
As Sisters of the Valley se consideram remanescentes contemporâneas de uma ordem exclusivamente feminina, muito antiga, chamada The Beguines. Formada no século XII, essa ordem vivia em comunidade e criavam medicina herbal, algumas foram queimadas por bruxaria.
E por isso os produtos da Sisters of the Valley são cultivados e produzidos em total alinhamento com o ciclo lunar. A crença das irmãs é na potencialização dos poderes de cura. Uma cerimônia na chegada da lua nova marca o início de um novo ciclo de produção de medicamentos e dura aproximadamente duas semanas. Essa aderência total e irrestrita ao ciclo lunar pode ser um artifício de marketing, pois você encontra produtos feitos fora das duas semanas da lua nova, com descontos. Mas pode também ser uma prova do quão forte é a crença das irmãs nos poderes aumentados daquele lote especial.
Mas toda história tem seu lado triste
O fato é que as Sisters of the Valley terão um documentário chamado Breaking the Habit. E no mesmo dia (8 de janeiro), do lançamento do trailer anunciando o filme, Sister Kate recebeu uma carta do banco, solicitando gentilmente que ela procure outro serviço bancário.
“Tenho registro limpo, não devo um imposto, não tenho multas pendentes, tenho todas as minhas licenças legais e depois de 11 anos trabalhando com essa instituição bancária que não nomearei por enquanto, no mesmo dia da veiculação de um trailer sobre o meu negócio, não posso acessar os valores de minhas vendas?“, questiona irmã Kate.
São valores gerados da venda de cremes, óleos, unguentos, pomadas e tinturas voltadas ao uso medicinal da cannabis e que obrigatoriamente passam por uma operadora de cartão de crédito, numa transação bancária. Portanto, todos os lucros e caixa da empresa Sisters of the Valley, de propriedade de Sister Kate, não podem ser acessados por se tratar de dinheiro vindo de comércio de produtos canábicos.
Sim, esse é o nível de hipocrisia da coisa. Seu trabalho, sua crença, seus valores deixam de valer algo quando está relacionado com a maconha. Ainda existe gente que pensa assim, que Jah nos ajude!
E você, conhecia as freiras da maconha? Curtiu essa proposta de trabalho ou achou uma baita tacada de marketing? Independente de qual seja nossa percepção do negócio Sisters of the Valley, não podemos jamais concordar com a hipocrisia existente no mundo em 2019, que julga e segrega pessoas e empresas, por seus interesses, valores ou crenças.
Unite! Banzai!
Fontes:
https://www.huffpost.com/entry/weed-nuns-sisters-of-the-valley_n_5a81b553e4b044b3821fb074
https://www.ganjapreneur.com/cannabis-nuns-lose-banking-services-after-documentary-trailer-release